Rosarinho Cruz

Portugal

Rosarinho Cruz é filha do Pintor e Escultor António Cruz, facto que sempre influenciou a sua vida artística. Frequentou a Escola de Artes Decorativas. Tem nos genes o amor pela arte. Desde tenra infância absorveu uma sensibilidade particular para a magia da vida. Os pincéis e os papéis, o barro e o gesso fizeram parte dos seus brinquedos preferidos. Desde pequena que se lembra de fazer jóias em arame, chapa e parafusos e outros materiais incríveis que descobria na escola de arte onde o seu pai leccionava.
Fiel a este amor acabou por se licenciar em Antropologia. Interessada no factor humano e das suas relações, encontrou no curso algumas respostas para o universo psíquico do ser humano, e assim passou a compreender determinados costumes e rituais e o seu interesse pelas relações de parentesco foi descoberto, entre outros tópicos. Está a terminar o Mestrado em Design de Joalharia na Universidade Católica.
Hoje tem noção que, inconscientemente, os anos passados e todas as histórias que viveu, vieram influenciar a sua forma de interpretar aquilo que a rodeia e de compor a sua obra. Rosarinho Cruz afirma frequentemente que “todas as minhas peças têm uma história para contar, baseada na minha forma de interpretar o outro, as suas vivências e o seu estilo de vida”. Feitas de materiais nobres — ouro (amarelo) e pouca prata, diamantes e pedras preciosas — as peças que Rosarinho Cruz desenha encantam, inspiradas na natureza, na família e nas pessoas que a rodeiam.
Indissociáveis, as aguarelas fundem-se na trajectória desta artista. Adora criar uma relação entre a jóia e a aguarela, através dos tons, das transparências, dos fumados e dos esbatidos. Quando cria, seja uma jóia seja uma aguarela, deixa-se levar pelos pequenos gestos, pelas pequenas coisas que fazem a diferença: a cumplicidade de um olhar, as ideias partilhadas, as estações do ano, a natureza ou um estado de espírito.Quando pinta uma aguarela ou desenha uma jóia, fá-lo também para ver a obra realizada. “O meu gozo, o meu maior prazer, não está só na própria execução, não é vício nem trabalho, é pura necessidade”, refere Rosarinho Cruz.

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