Cláudia Brito

Portugal

Lisboa

“A pintura é uma arma, um território de afirmação de rebeldia, de insubordinação pessoal. Um teatro pessoal de experimentação plástica, onde se materializam inquietações. A deformação da cidade pelo afluxo turístico, e pela gentrificação, levou-me a reestruturá-la com linhas imaginárias, numa tentativa de reapropriação de um espaço que sinto já não me pertencer. Uso elementos decorativos tradicionais como fundo para sustentar um protesto. Socorro, a minha identidade está a desaparecer! Tomo como base mapas da cidade, que vão sendo modificados e emendados à medida que o trabalho se desenrola; afinal, para os turistas, vai dar ao mesmo esta rua ser aqui ou acolá. O mapa é um território irrelevante e subjetivo.
Tento um grito de sublevação. Contesto, grito, brado, urro!”

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