
Adega do Vulcão
Portugal
Açores
Capelo (Horta)
Cinzia Caiazzo e Gianni Mancassola
Fator XPTO: As cinzas vulcânicas do Faial e o lajido do Pico fundem-se nos vinhos da Adega do Vulcão.
Gianni e Cinzia, um casal florentino, descobriram os Açores em 2008, e a partir desse momento, formou-se um laço que nunca foi quebrado.
O projeto da Adega do Vulcão nasceu na Ilha do Faial, perto do Vulcão dos Capelinhos, formado em 1957, na sequência de uma erupção iniciada no mar, a uma milha da costa. A areia e as cinzas expelidas pelo vulcão durante mais de um ano inundaram as terras circundantes, criando um terroir sem paralelo nas décadas seguintes, onde 7 hectares de castas autóctones açorianas, Arinto dos Acores, Verdelho e Terrantez do Pico, cultivadas organicamente, são atualmente plantadas. A Adega do Vulcão é o único produtor de vinho do Faial e o primeiro produtor dos Açores a obter a certificação biológica até 2024.
Em 2017 o seu filho Guido, e a sua esposa Ann-Sophie, juntaram-se ao projeto e compraram na Ilha do Pico 6 hectares de vinhas na zona icónica do Lajido da Criação Velha, classificada como Património Mundial pela UNESCO. São vinhas velhas, com 70-80-90 anos, cultivadas em currais, pequenas parcelas rodeadas por antigas paredes de pedra seca que as protegem dos ventos do oceano. São plantadas no lajido, a crosta de lava formada ao longo de séculos após a erupção do vulcão. A partir daí começou a primeira vindima com o lançamento do Pé do Monte Reserva DO Pico, e com o Ameixambar, um vinho único resultado da mistura de uvas das 2 ilhas.
As atividades de vinificação são levadas a cabo com a supervisão do consultor Alberto Antonini, com uma intervenção mínima, utilizando apenas leveduras indígenas e com o objetivo de preservar as castas dos Açores e a plena expressão do terroir.