Profetas e Villões

Portugal

Madeira e Porto Santo

Matas (Porto Santo)

António Maçanita

Fator XPTO: Solos calcário ou vulcânicos, chuva ou deserto, Caracol ou Sercial, Porto Santo ou Madeira? Tão próximas e tão diferentes, assim é a Profetas e Villões!

A ilha de Porto Santo emergiu há 14 milhões de anos no Oceano Atlântico sendo, geologicamente, das mais antigas ilhas dos arquipélagos portugueses. Foi também a primeira a ser descoberta por Zarco em 1418. Os antigos contam que era aqui onde se vinham buscar as uvas mais maduras para fazer o vinho que fez famosas estas ilhas. Hoje restam menos de 14 hectares, cultivados por um punhado de resistentes. Na ilha vizinha chamam de “Profetas” aos porto-santenses, alcunha antiga que nunca fez tanto sentido como quando vemos estas vinhas velhas, de condução rasteira, protegidas dos ventos e maresia por muros de crochet ou habilidosas estruturas de canas.
A ilha da Madeira emergiu há 5.6 milhões de anos no Oceano Atlântico sendo os seus solos ácidos e vulcânicos. Conhecida rota marítima de caminho para as Américas e Índias, era paragem obrigatória para abastecimento de carga e dos maravilhosos vinhos Madeira que lhes deram fama. O nome “Villões” é a alcunha que os habitantes da pequena ilha em frente, Porto Santo, com apenas 3 mil habitantes, em contraste com os 300 mil da ilha da Madeira, dão aos madeirenses. O nome provém da palavra vila (cidade) e ganhou hoje uma dupla conotação da parte dos Profetas (porto-santenses).
Nos bastidores deste projeto estão Nuno Faria, madeirense e restaurateur e António Maçanita, enólogo e entusiasta de terroirs extremes, amigos há mais de 15 anos e que juntaram forças para explorar e celebrar o potencial destas ilhas encantadas numa garrafa de vinho.

Contactos