Gamine Rose (Quinta do Tedo)
Portugal
Dão e Douro
Penalva do Castelo, Foz do Tedo
Odile Rose Bouchard
Fator XPTO: Brincar com diferentes materiais de fermentação e envelhecimento – carvalho, terra e vidro – para criar expressões vínicas únicas de vinhas individuais, em pequenos lotes, entre o Dão, o Douro e sabe-se lá onde.
Sou meia baguete, meia hambúrguer, estudei biologia, estudos ambientais e arte, e fui criada entre Napa Valley, Toscana, Bourgogne e Vale do Douro.
Hoje, não sou nem uma cientista nem um artista, mas a Brand Ambassador da Quinta do Tedo (a pequena propriedade da minha família no Douro, onde produzimos bons Vinhos do Porto) com um Mestrado em Enoturismo e Inovação, e experiência de vindimas na Bourgogne, Friuli, Mendoza, Dão e Douro. Estudo também uma Pós-Graduação em Enologia e faço o meu próprio vinho.
A minha primeira vindima autónoma foi em 2021, vindimando Encruzado com o meu pai numa pequena vinha no Dão, que prensei, vinifiquei e estagiei em três materiais diferentes – carvalho francês neutro, cocciopesto e inox – num contentor de transporte na adega de um amigo em Viseu.O que foi essencialmente uma aventura inquisitiva produziu três bons vinhos – intrigantes nos seus recipientes individuais, mas mais completos no seu conjunto. Lancei Gamine Rose com dois Encruzados 2021 que acredito que desafiam o status quo desta casta e dos vinhos do Dão, que talvez não conheçamos tão bem como pensamos.
Desde 2021, fiz mais Encruzados em adegas de amigos no Dão, mais novos vinhos tintos e brancos mais perto de casa, na Quinta do Tedo, no Douro. Todos fermentam com leveduras autóctones e estagiam em diferentes materiais de carvalho, terra, inox e agora também em vidro para criar diferentes expressões de vinhas únicas.
Apanhei o “bichinho do enólogo” que nove gerações de enólogos da minha família apanharam antes de mim. Utilizo uma abordagem progressiva que é minimamente intervencionista, mas académica.
O objetivo? Explorar a versatilidade da “Caixa de Pandora” do potencial de vinhos de qualidade em Portugal. Procurar vinhas icónicas e colaborar com agricultores sensíveis. Fazer vinhos limpos e de qualidade com intervenção mínima. E deixar as uvas, os solos e os materiais de fermentação e envelhecimento brilharem.