Quem o quiser encontrar, deve procurá-lo numa cozinha: na da padaria Royale, Porto, na de outra casa particular, ou num espaço que lhe tenha dado palco para mais um pop-up. Assim têm sido os últimos 4 anos de André Cabrita, o “filho da cozinheira” — quase nasceu dentro cozinha de um restaurante, o que parece explicar muito. Depois de 4 anos em Londres para estudar na área do design e multimédia, regressou a casa, em Aveiro, onde decidiu que era hora de começar a cozinhar a sério, nem que fosse para entregar na casa de quem quisesse provar a sua comida que, quase sempre, se inspirava nas cozinhas de outros países. Joga, com confiança, o jogo das especiarias e sente, desde criança, vontade de manejar os ingredientes, até os menos nobres. Hoje, rejeita atalhos para aquilo que requer tempo e “mãos na massa” — diz frequentemente que é um velho do Restelo na cozinha, mas apenas por ter receio de que a identidade gastronómica de Portugal, a que pautou o seu crescimento, caia no esquecimento.

Pelo caminho, encontrou o Goela, escondido na Boavista, a comando do João Ribeiro. Foi amor à primeira vista e, desde então, foram muitos os eventos em que cozinharam juntos. Há coisas que não se explicam, e esta relação de amor pela cozinha e gosto em servir bem, são algumas delas.
Enfim…simplesmente André e João.