Monte da Casteleja

Portugal

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Guillaume Leroux

Fator XPTO: No Monte da Casteleja o nosso objectivo é produzir vinhos biológicos de grande qualidade e com castas tradicionais portuguesas.

O Guillaume herdou esta propriedade do seu avô materno, quando tinha apenas 18 anos, mas só se instalou aqui bem mais tarde. O avô era natural de Sagres e um industrial muito conceituado na área das pescas e comprou esta quinta em 1952. Nunca ele imaginou que o seu neto viesse a plantar aqui vinha e a produzir vinho. Nem nunca ele imaginou o boom do turismo que esta região iria ter e a prioridade que se iria dar ao sector imobiliário, em detrimento da produção agrícola.

Guillaume é filho de mãe algarvia e pai francês e foi este último que o iniciou na magia do vinho, mostrando-lhe como se prova e cuida de um vinho e levando-o a descobrir as subtilezas que diferenciam os vários terroirs. Decidiu estudar agricultura em França e depois de uma breve passagem pelo mundo agro-pecuário, não restaram dúvidas sobre a sua verdadeira paixão: a complexidade do mundo do vinho.

Trabalhou 5 anos no Douro e ficou a conhecer a fundo a arte e a mestria das grandes casas centenárias, até que ganhou fôlego para se aventurar, em 1999, num projecto em nome individual e bem a Sul, onde as adegas não eram bem afamadas. Meteu mãos à obra. Recuperou a ruína abandonada, plantou 3 ha de vinha. O solo argilo-calcário revelou-se muito propício ao crescimento das plantas. E a escassez de água no verão é ultrapassada pelo recurso a menores intervalos entre plantas e raízes mais profundas.

Em 2008 mais uma inquietação que o empurra para nova mudança: na sua crescente dedicação a um solo rico e plantas saudáveis, o modo de produção convencional já não o satisfazia. A aposta passou para a certificação biológica. Os seus vinhos são marcados por um cunho muito pessoal. Depois de longas macerações, ganham bom corpo, elegante e cheio de fruta.

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