Isabel de Andrade

Portugal

Isabel de Andrade

O meu percurso tem sido uma procura de expressar com a simplicidade possível uma estética onde reconheça a beleza e elegância de certos movimentos, com o registo pessoal do que me habita a alma, através da poesia que vou recolhendo aqui e ali, dentro e fora de mim, do que gosto e do que sinto.
Como em qualquer criação artística, também o fruto do meu trabalho passa pelo entusiasmo, pela exigência do aperfeiçoamento de cada pormenor, pela angústia devida à busca incessante de conseguir chegar ao ponto em que a obra se conclui – momento sempre adiado – , pelo prazer de construir um universo que acrescente beleza à vida, num desafio que é sobretudo pessoal.
Procuro transmitir a beleza das formas, dos gestos, das posturas, das relações, dos momentos precisos em que cada forma revela com a exactidão possível a intensão inicial, intuitiva. Procuro que as peças tenham o equilíbrio e o movimento necessários. Gosto das linhas em continuidade, limpas, claras, delicadas e leves.
Também me ocorre introduzir, sobretudo no trabalho em papel, apontamentos de surpresa, aproveitando a expressividade das texturas e das cores conjugadas com ideias de simbiose de outras formas, dando às figuras identidades misturadas com elementos naturais.
Creio que se pode reconhecer na minha obra uma linha coerente de intenções e de formas estéticas, num estilo que, embora em evolução, mantém uma identidade, que é a minha, que é o meu modo de transmitir o que me move, o que para mim faz sentido, uma conjugação de liberdade e intimismo.

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